Já faz muito tempo desde que ouvi Joe Lynn Turner. Provavelmente 1984 e 'Bent Out of Shape' dos Rainbow, se eu for brutalmente honesto. Este homem tem catálogo de músicas é soberbo. Aos 71 anos, ele conseguiu revelar que usava peruca desde os 14 anos, devido ao diagnóstico de alopecia aos três anos. E por isso merece enorme respeito.
Mais importante é 'Belly of the Beast', seu último álbum e um disco muito sólido. Produzido pelo icónico Peter Tägtgren [Hypocrisy, PAIN, Lindemann], são 11 faixas de hard rock estrelar com uma sonoridade enorme e contemporânea. É rápido, vibrante e seus vocais soam tão bem hoje quanto soavam há quatro décadas. Combinando as referências bíblicas históricas sobre o ventre da besta com uma visão mais atual de seu significado, Lynn Turner observa: “Estamos numa verdadeira guerra espiritual agora. É o Bem contra o Mal. Todos nós temos um anjo num ombro e um diabo no outro. Estamos no Ventre da Besta (Belly of the Beast), presos no Sistema, e não há saída”.
A primeira coisa que tu notas é o quanto ferozmente pesado este álbum é. A faixa-título é elétrica, viva em ritmo e power, uma música vibrante e pulsante que tem guitarra gritante, bateria pulsante e um duplo olhar necessário para verificar se realmente é Joe Lynn Turner. Para grande parte do álbum não fica muito mais leve e embora eu não esteja familiarizado com toda a discografia dele, ficaria feliz em apostar que há trabalhos pouco mais pesados nessa coleção.
'Black Sun' muda de estilo, trazendo uma batida industrial que é dominada por um riff esmagador que ecoa as estrelas alemãs Rammstein. Talvez Tägtgren tenha exercido um pouco de influência da cadeira do produtor. Depois, há o épico 'Dark Night of the Soul', que tem mais elementos sinfónicos e orquestrais e permite que Lynn Turner realmente abra os tubos. Muita variação, melodia e riffs duros mantêm este álbum interessante.
Há definitiva muito ruído no álbum, mas ainda muito do estilo melódico que sempre associamos ao homem que liderou Rainbow, Deep Purple e Yngwie Malmsteen. 'Don't Fear the Dark' tem uma batida pop, mas ainda dá um soco, enquanto a penúltima faixa 'Living the Dream' é mexida, faz bater o pé e é uma boa e confiável música rock. Terminando o álbum está a dramática 'Requiem', que tem a sensação épica e melódica do rock dos anos 80, mas com um toque moderno. 'Belly of the Beast' me surpreendeu com sua vibração. Décadas depois desse sucesso, Joe Lynn Turner ainda não está com vontade de se render.
Temas:
1. Belly Of The Beast
2. Black Sun
3. Tortured Soul
4. Rise Up
5. Dark Night Of The Soul
6. Tears Of Blood
7. Desire
8. Don't Fear The Dark
9. Fallen World
10. Living The Dream
11. Requiem
Banda:
Joe Lynn Turner (Rated X, ex-Rainbow, ex-Deep Purple, ex-Sunstorm, ex-Yngwie Malmsteen) - Vocals
Peter Tagtgren (Hypocrisy, Pain, Lindemann) - Guitars, Bass, Programming
Sebastian Tagtgren (Pain, Lindemann) - Drums
Love Magnusson (Dynazty, Crowne) – Guitars
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