Amorphis - Borderland (2025) Finlândia

Os Amorphis, inabaláveis mestres do metal folclórico e progressivo finlandês, regressaram com "Borderland" em setembro de 2025. O 15º álbum de estúdio da banda é um testemunho da sua notável consistência e da sua habilidade em refinar a fórmula que definiram: uma fusão épica de Melodic Death Metal, Folk e Rock Progressivo, embelezada por narrativas tiradas do folclore finlandês (cortesia do letrista Pekka Kainulainen).

Se os álbuns anteriores, como Under The Red Cloud e Queen Of Time, se destacavam pela grandiosidade e peso bombástico, "Borderland" suaviza ligeiramente as arestas, enfatizando as sensibilidades melódicas da banda. Não significa que falte peso; significa que a melodia e a atmosfera assumem a liderança. A produção de Jacob Hansen (Volbeat, Primal Fear) é clean e detalhada, realçando todas as camadas sonoras.

Destaques Sonoros e Temáticos
O título, "Borderland" (Terra de Fronteira), reflete a dualidade do álbum: a tensão entre o som pesado e as melodias arejadas, bem como a desconexão humana do mundo natural.

Ênfase nos Teclados e Melodias: O trabalho do teclista Santeri Kallio é essencial. Os seus teclados luxuriantes e a sua contribuição para a composição, como na faixa "Bones", conferem ao álbum uma atmosfera rica e cinemática, por vezes com um toque quase synthwave (em faixas como "The Lantern"), mas sempre ancorado em ganchos cativantes.

A Voz de Tomi Joutsen: A interação entre os growls guturais e os vocais limpos de barítono de Tomi Joutsen continua a ser o ponto focal do som moderno da Amorphis. Em "Borderland", os seus vocais limpos ganham um destaque especial, transportando os coros épicos e acessíveis que se tornaram a marca registada da banda.

As Faixas Essenciais:

"Bones" é um dos temas mais pesados do disco, uma faixa mid-tempo construída sobre um riff doomy e adornada com melodias de inspiração oriental, que remete aos seus clássicos.

"Dancing Shadow" é um número mais upbeat e instantaneamente viciante, com ganchos pop que funcionam surpreendentemente bem no seu contexto metal.

"The Circle" atua como uma introdução atmosférica e envolvente ao universo do álbum.

Conclusão

"Borderland" é um álbum maduro e confiante. Embora possa não ter o impacto agressivo de lançamentos anteriores, a sua riqueza melódica e a sua composição fluida provam que os Amorphis são mestres no seu ofício. Não é um álbum que reinvente o género, mas sim um que aprimora o som inconfundível da banda. É uma audição obrigatória para fãs de metal melódico de alta qualidade e Progressive Folk Metal.

O Amorphis consegue manter a chama acesa depois de 35 anos? Sem dúvida. "Borderland" é um disco que recompensa cada nova audição.

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Temas:

01.The Circle
02.Bones
03.Dancing Shadow
04.Fog to Fog
05.The Strange
06.Tempest
07.Light and Shadow
08.The Lantern
09.Borderland
10.Despair
11.Weavers

Banda:

Esa Holopainen – lead guitar (1990–present)
Tomi Koivusaari – rhythm guitar, backing vocals (1990–present)
Jan Rechberger – drums (1990–present)
Olli-Pekka Laine – bass, backing vocals (1990–present)
Santeri Kallio – keyboards (1998–present)
Tomi Joutsen – lead vocals (2005–present)





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