Os suecos da Amaze Me estiveram fora de cena por quinze longos anos, enquanto se dedicaram a outras atividades. Mas o clamor dos amantes dos bons sons foi ouvido e agora, Conny Lind e Peter Broman retornam com "Guilty As Sin", trabalho que mantém a sonoridade característica da dupla. Todo gravado no novo estúdio de Broman, o álbum foi masterizado pelo veterano Martin Kronlund, responsável pela produção de álbuns de gente como Steve Overland, Phenomena, Joe Lynn Turner, David Reece, Rob Morati e outros. Com um tracklist bastante coeso e cheio de grandes canções, "Guilty As Sin" é um álbum que merece toda a sua atenção.
O álbum abre com "Everybody New", um radio friendly rocker que incorpora elementos de AC Rock de maneira acertada, não descaracterizando a veia AOR da banda. O andamento e métrica são bem bacanas e o refrão explosivo cumpre seu papel com facilidade. Ótima canção que surge como um dos destaques do álbum e que merece múltiplas audições, assim como "Lost In A Dream", rocker que traz peso e melodia em perfeita harmonia. A alternância no arranjo entre versos e refrão pode não agradar à todos, mas no auge da melodia essa canção ganha força em um refrão pegajoso e moderadamente agressivo. Bela mistura que merece ser ouvida cuidadosamente no volume máximo. Já o rocker "Can't Stop Loving You" é um AOR absolutamente fiel à sonoridade da Amaze Me. A base de baixo e guitarra acústica prepara o terreno onde as guitarras elétricas se apresentam no refrão explosivo, bem tradicional e que tanto gostamos. Andamento certeiro e métrica bem montada fazem dessa canção um dos grandes destaques do álbum, merecendo múltiplas audições e volume máximo sempre. A ótima "Save Me" também remete aos trabalhos anteriores da banda, mas agregando mais peso e sem prejudicar o aspecto melódico. Gosto do andamento e do refrão memorável, além da interpretação de Mr. Lind, e são essas características que fazem dessa canção outro destaque do álbum.
Seguimos com "Endless Love", mid-pacer arrepiante que conta com guitarras acústicas ao longo dos versos, sendo que as mesmas são substituídas por suas equivalentes elétricas no refrão pegajoso, o que confere mais energia e pegada à canção. O arranjo e andamento funcionam tranquilamente e o conjunto de qualidades faz dessa canção outro destaque do álbum, sem dúvida alguma. Outro rocker que merece sua atenção é o descomunal "With Or Without You", cujos versos são envolvidos por uma linha de baixo em primeiro plano, pontuada por guitarras ocasionais que, aos poucos, se tornam mais constantes até se apresentarem completamente no refrão mais que pegajoso. Belíssima canção que está entre os grandes destaques desse álbum. Já "The Pain" é mais um radio friendly rocker que remete aos trabalhos anteriores da banda, mas apresentando guitarras mais pesadas. O arranjo é agradável, assim como o andamento, mas o refrão não tem o mesmo impacto de outras canções. Ainda assim, ela merece múltiplas audições para que você tire suas próprias conclusões, mas posso atestar desde já que "Guilty As Sin" é um verdadeiro radio friendly anthem, com andamento mais dinâmico e doses controladas de teclados, essa canção equilibra peso e melodia perfeitamente, especialmente no refrão arrepiante. Uma belíssima canção que merece múltiplas audições no volume máximo e janelas abertas mesmo em dias chuvosos.
Na sequência temos "On The Run", radio friendly rocker que tem guitarras mais amenas nos versos, sendo que o refrão as apresenta com uma dose calculada de peso. Gosto bastante do andamento e métrica dessa canção, e recomendo múltiplas audições da mesma, assim como da bacana "Dying To Be Loved", balada que me faz lembrar de "Looking For Love", do Whitesnake. Gosto bastante do andamento e do arranjo mais enxuto, além do refrão que traz backing vocals muito bacanas. E mesmo sem ter o impacto das canções anteriores, ela não passa batida e merece sua atenção. Na reta final temos "Love Is Blind", rocker descomunal que apresenta uma base de piano acompanhada por um baixo intermitente, cuja base é entrecortada por guitarras contidamente agressivas que ganham mais volume no refrão arrepiante. Eis aqui mais um dos grandes destaques do álbum, juntamente com "On Fire", power ballad que conta com teclados discretamente distribuídos dentro de um arranjo bastante tradicional, assim como o andamento da canção e seu refrão, mas nada disso lhe tira o brilho e a coloca entre os destaques do álbum.
Finalmente, Conny Lind gentilmente me enviou uma maravilhosa versão acústica para "Guilty As Sin", onde o rocker original teve seu arranjo convertido para uma envolvente balada onde os vocais ganham mais destaque, e onde a melodia pode ser apreciada mais cuidadosamente. O próprio Lind me disse, em mensagem via Facebook, não saber se essa versão será usada como bonus track.
Em resumo, caríssimas e caríssimos, afirmo sem medo de errar que valeu a pena esperar pelo novo álbum da Amaze Me. Atualizando sua sonoridade sem descaracterizar as marcas registradas que tornaram a dupla reconhecida, Lind e Broman voltam à cena com a produção de Kronlund, que resgatou o aspecto mais orgânico dos bons sons da banda, deixando a produção super polida no passado. O excelente "Guilty As Sin" traz a Amaze Me de volta ao universo dos bons sons em grande estilo, com um álbum consistente e desde já incluído na minha lista dos melhores do ano. Material mais que recomendado...
Fonte: http://aorwatchtower.blogspot.pt/2013_05_03_archive.html
Тemas:
01. Everybody
02. Lost In A Dream
03. Can't Stop Loving You
04. Save Me
05. Endless Love
06. With Or Without You
07. The Pain
08. Guilty As Sin
09. On The Run
10. Dying To Be Loved
11. Love Is Blind
12. On Fire
Músicos:
Peter Broman: All Instruments
Conny Lind: Vocals
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