A verdade é que nem sempre resenho estilos ou bandas que gosto. Por exemplo, nunca fui lá muito fã do Epica e de Symphonic Metal. E ai, o caro leitor deve estar se perguntando agora como faço para escrever sobre algo que não seja muito do meu agrado. Simples, ao escutar o cd, penso no que o fã daquela banda ou daquele estilo espera do trabalho em questão. Posto isso, foi com essa cabeça que comecei a audição do 7° álbum de estúdio do Epica, The Quantum Enigma.
O que um fã do Epica espera? Elementos sinfônicos e coros em profusão? Os belos vocais de Simone Simons? Partes típicas de Metal Progressivo alternando com aquelas mais Power Metal? Então esses irão sorrir de orelha a orelha, pois tudo isso se faz presente aqui. Mas fora isso, o Epica sempre teve uma característica que, mesmo eu não sendo grande fã, sempre tive que dar o braço a torcer: peso.
Goste ou não, sua música sempre foi muito mais pesada que seus demais pares do estilo, o que acaba sendo um ponto a favor. Aqui, estão ainda mais pesados que o normal (para o Epica), talvez pelo fato de terem conseguido transpor para estúdio muito da energia que possuem no palco, méritos para o produtor, Joost van den Brock (ReVamp, Maia). Os ótimos vocais agressivos a cargo do guitarrista Mark Jansen também contribuem em muito, sendo um belo diferencial. Esse lado mais pesado da banda pode ser muito bem observado em faixas como “The Essence Of Silence”, “Victims Of Contingency” ou “Chemical Insomnia”, minhas preferidas. Já os que curtem o lado mais épico e teatral, certamente irão aprovar com louvor “The Second Stone”, “Sense Without Sanity – The Impervious Code” e “The Quantum Enigma – Kingdom Of Heaven Part II”.
Com bons riffs, pesados e modernos, linhas vocais cativantes, coros e orquestrações grandiosas, The Quantum Enigma acaba por fluir de forma bem natural e vai agradar em cheio os fãs de Symphonic Metal. Também é sem duvida o melhor trabalho do Epica até hoje, os colocando a milhas de distância dos seus concorrentes, que vão ter que suar um bocado para alcançar os holandeses. Se você curte esse tipo de proposta, certamente está diante do melhor álbum do estilo em 2014.
Fonte: A MÚSICA CONTINUA A MESMA
Temas:
01. Originem
02. The Second Stone
03. The Essence Of Silence
04. Victims Of Contigency
05. Sense Without Sanity – The Impervious Code
06. Unchain Utopia
07. The Fifth Guardian (interlude)
08. Chemical Insomnia
09. Reverence – Living in The Heart
10. Omen – The Ghoulish Maladay
11. Canvas Of Life
12. Natural Corruption
13. The Quantum Enigma – Kingdom Of Heaven Part II
14. Banish Your Illusion (Bonus Track)
Banda:
Simone Simons - Vocals (Kamelot (live), Mayan (live), ex-Sahara Dust)
Mark Jansen - Rhythm Guitars, Harsh Vocals (Mayan, ex-Infernorama, ex-Sahara Dust, ex-ReVamp (live), ex-After Forever)
Isaac Delahaye - Lead Guitars, Backing Vocals (Down Till Dawn, ex-Edgecrusher, ex-Forcible, ex-Mayan, ex-God Dethroned, ex-Panopticum)
Rob van der Loo - Bass (Freak Neil Inc., Mayan, ex-Fifth, ex-Soulcatcher, ex-Form, Hangover Hero, ex-Delain, ex-Exivious, ex-Sun Caged, ex-Hubi Meisel, ex-Triple 7)
Coen Janssen - Keyboards (ex-Sahara Dust, ex-Kamelot (live))
Ariën van Weesenbeek - Drums, Harsh Vocals (Down Till Dawn, HDK, Mayan, ex-Edgecrusher, ex-Pandaemonium, ex-God Dethroned)
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