GARY JOHN BARDEN - Eleventh Hour (2011) UK


Gary John Barden começou a carreira da melhor maneira, integrou a fase um de Michael Schenker Group em 1980 com quem gravou 4 àlbums. Isto para quem desconhece ou está esquecido, é o tipo de som que vos espera neste disco. Quando li que Michael Voss tinha produzido, co-escrito e tocado teclas e guitarra neste disco, pensei logo em obra de arte e nem tropecei a correr para o ouvir. Confesso-vos que quando comecei, pensei em parar logo de imediato, mas depois lá se compôs. Logo na 1ª faixa "Baghdad", fiquei enganado, estava aqui uma faixa de metal moderno um pouco ao estilo de Wolfpakk, banda de Voss. Quero acreditar que Gary não pegou de frente esta música e bem podiam tê-la deixado de fora ou mais para o final do disco. Este tipo de músicas exigem outro empenho na interpretação e posição de voz e Gary não o fez como fazia em MSG, de quem aliás ainda é vocalista. "Fallen By The Wayside" já repôs o disco no caminho correcto. Isto è hard and Heavy dos oitentas bem composto e executado, adaptado obviamente aos nossos dias. Gary descarrega um punhado de temas com teor social, gostei de "We Are Dead". "All In" com umas guitarradas decentes demonstram a qualidade desta nova entrega de G. Barden. Blackmail", com um flairzinho de blues move bem o esqueleto. "Easy Does It" um classic hard rock sem se afastar muito da linha, na qual a voz de Barden mede correctamente a sua posição e não a deixa fugir para uma zona de diversidade mais desconexa. "Before The Eyes Of The World" é um épico de quase 8min. Parece que a consciência social começa a vir ao de cima pela voz de quem pode ajudar a fazer a diferença. "Eleventh Hour" termina com um tema bem MSG. Fazem Bastante falta discos assim. No geral gostei bastante, e isso devesse a M. Voss, que se tem tornado num magistral compositor e produtor em variados e diferentes tipos de som dentro deste género. Se tivesse que dar uma pontuação a este disco iria surpreender muita gente, podiam até achar-me imparcial ou lambe-botas, mas no desnorte destes últimos tempos uma lufada de frescura vinda do passado e sem cheiro a mofo merece ver o esforço recompensado. A todos aqueles que apreciavam esta direcção musical nos 80 vai ficar bem satisfeito e todos os outros também. Como sempre, vou acabar a fazer uma asneira, mas só estou a constatar um facto e assim demonstro que comigo lamber botas só se forem de goma e calçadas numa matulona de gritar pelos 20 escudos. Conheço o trabalho de Gary desde finais dos 80 quando me foi possível agarrar tudo o que aparecia e um desses discos foi o "MSG - Live at budokan" de 81. A voz de Gary era fantástica. E digo bem, era. Agora não há agudos bem puxados e a voz tem muito vibrato. 56 anos ainda não é uma idade em que a voz se perde assim. Pelo menos em estúdio; ao vivo um bom backing vocals esconde bem esse pormenor. Algumas destas músicas pedem bem por esse esforço mas talvez também Gary já esteja a sofrer de excessos do passado. Hard'n'Heavy Bem descontraído para um final de dia bonito como hoje.
McLeod Falou!



Temas:

01 - Baghdad
02 - Fallen By The Wayside
03 - Child Of Sorrow
04 - What You Wanna Do
05 - We Are Dead
06 - All In
07 - Blackmail
08 - Shine A Light On Me
09 - Easy Does It
10 - Before The Eyes Of The World
11 - Don't Take Me For A Loser


Banda:

Gary Barden - Vocals
Michael Voss - Keyboards, Backing Vocals
Andrew Midgley - Guitar
Matthias Rethman - Bass
Chris Ebers - Drums
Guests:
Tommy Denander - Guitar
Steve Morris (Heartland) – Guitar



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